quinta-feira, 11 de abril de 2013

Metade Por Um Terço



De acordo com o que já havia escrito aqui com alguma antecedência, não via muita possibilidade de zebra em relação aos confrontos de ontem. 

O Bayern abriu grande vantagem no primeiro jogo e teria de encarar uma Juve ofensiva em Turim, como isso não é nada natural para a Juve, seria quase impossível que essa vantagem não fosse mantida ou ampliada. Tudo simples, fácil e sem mistério.

Enquanto isso, no outro confronto, insistiam em criar um monstro no lugar do PSG, esquecendo que no primeiro jogo, um gol irregular e o frango de VV, permitiram que o milionário time de Paris tivesse alguma chance, que acabou sendo bem multiplicada com a notícia da lesão muscular de Messi. Cheguei a palpitar por aí que sem o Messi e com esse resultado o PSG tivesse incríveis 20% de chance.

O jogo começou com um Messi no banco e com a confirmação de que teria condições mínimas de jogo. Movimentado e com o Barça um pouco melhor, havia qualidade apesar da falta de jogadas mais agudas. Assim, quase sem perceber, a primeira etapa se encerrou. Pelo lado francês, Verratti e Lucas davam estabilidade e dinâmica ao esquema tático montado por Ancelotti.

A etapa final se iniciou com expectativa de um PSG mais agressivo e com uma aposta um pouco mais comedida em relação aos passes em profundidade. Acho que nem o próprio PSG acreditou que pudesse ser tão rápido. Pastore marcou e enquanto comemorava, o pequeno ET argentino levantava os meiões e partia para o aquecimento. Nos 13 minutos que separaram o gol e a entrada de Messi, o Barcelona se sentiu perdido e o PSG poderia ter aproveitado para ampliar.

Com Messi em campo, mesmo que em condição física precária, o Barcelona passou a pressionar de imediato, criando duas chances de empate em menos de cinco minutos. Iniesta voltou para o jogo como no primeiro tempo e Xavi, até então apagado, passava a trabalhar mais solto. 
A presença de Messi impunha respeito à zaga, mais pela presença em si, que propriamente pela capacidade. Era evidente que meio Messi, durante trinta minutos já eram um pesadelo para Thiago Silva e para o impecável Alex. Na terceira tentativa, La Pulga partiu pra dentro da defesa adversária, prendendo com ele, três dos seis marcadores que trancavam o ferrolho. Messi achou Villa, que conseguiu se livrar de dois dos três marcadores restantes e rolou na medida pro garoto Pedro estufar o filó dos petrodolarizados franceses.

A partir daí, o jogo simplesmente correu, com o PSG nervoso e com o Barça controlando a maior parte das ações. Messi já não corria mais, andava em campo, sua condição era lamentável e seu sacrifício, louvável. Ainda assim, arrastava Thiago Silva na marcação, abrindo espaço pra Daniel Alves gastar o tempo.

Com o fim do jogo, ficou novamente óbvio que Messi não parece ser desse mundo. Metade do corpo dele esteve em campo durante um terço da partida. A doação foi por inteiro...

Visca Barça. Festa Culé!

Birite: DUVEL TRIPEL HOP - CADEG

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