Meu post programado desde quarta-feira,
seria sobre a rodada incrível da UCL, mas como ela foi incrível demais, acho
que precisará de uma análise mais profunda, ficará para o início da próxima
semana.
Apesar dos jogos espetaculares de
um meio de semana que pareceu registrar mais um marco histórico do futebol,
cheguei em casa disposto a assistir o embate argentino pela libertadores entre
NOB e Vélez. Fui vencido pela maioria e já que passava a pelada canarinho,
deixei lá e fui acompanhando. Considerei esse amistoso contra o Chile tão
inútil quanto o joguinho mequetrefe contra a Bolívia. Mais uma vez, Felipão
precisava ganhar e o Brasil precisava de um sparring. Nada melhor do que
encontrar um que fosse mais luxuoso que a Bolívia.
A bola da vez era o Chile, escola
de futebol que a cada geração revela uns 8 jogadores, onde destes somente 3
jogam alguma coisa. E isso com direito a técnico argentino e vencedor como
comandante, jogo no Mineirão novinho, cada um contando somente com jogadores
que atuam na América do Sul. Estava armado o teatro, era só deitar e rolar...
Pois é! Não rolou!
Não rolou, pois ao contrário do
que acredita Felipão, se é que ele ainda acredita em alguma coisa, o Chile
jogou de forma compacta e sem preguiça, com jogadores que se preocuparam em
jogar algum tipo de futebol. Vale muito lembrar que o Chile foi prejudicado
pela arbitragem, a tragédia poderia ter sido bem pior. A seleção do país
magrinho do Globo seria o adversário de respeito que venderiam caso Felipão,
Neymar e R10 fizessem algo de bom. Como nada foi feito, virou vergonha.
A vergonha foi escancarada em
vaias e gritos de olé incentivando o time rival. No final do jogo, declarações
estúpidas e desnorteadas, além do habitual e quase esquecido destempero de
Felipão. Gostaria de fazer pequenas considerações.
Cavalieri: Que me perdoem meus amigos fanáticos tricolores, mas se
algum goleiro que atua no Brasil tem que ser levado, essa vaga deve ficar para
Jefferson. Cavalieri continua repondo bolas de maneira tenebrosa, além de dar
mole no primeiro gol e joga com os pés com a falta de habilidade característica
dos grandes goleiros do Palestra Itália. Hoje em dia, este último fator é
determinante.
Jean: Por outro lado, eu levaria Jean e ainda insistiria com ele na
lateral direita. Sim, eu detesto o Daniel Alves, com suas roupas e sua mania de
achar que é um baita lateral. Ponto pra ele, taticamente interessante o
posicionamento do Jean e o poder de variações táticas que ele dá ao treinador.
Jadson: Não conseguiu jogar muita coisa, mas eu gostaria que ele
fosse aproveitado na Copa das Confederações. Não é armador, de jeito nenhum,
mas surge como bela opção de terceiro homem de meio, ao menos para compor
elenco.
Damião: Muita disposição, mas não dá pra cobrar muito de
centroavante quando o meio não faz a bola chegar. Merece ser levado, pois é o
único com características parecidas com a de Fred, atual titular da posição.
Vale considerar que quando testado nas olimpíadas, correspondeu bem e marcou
gols.
Pato: Acreditei que ele fosse ser o substituto de Ronaldo quando
surgiu. Hoje em dia, já compreendi que não é. Não sei se por falta de talento
ou por excesso de máscara e falta de vontade. Pode valer a pena levá-lo, mas
não seria interessante que ele ocupasse o lugar de Damião.
Ronaldinho: A imprensa vende Ronaldinho jogando muito e só quem vê
os jogos de R10 pelo galo com um mínimo de visão crítica, consegue notar que
pra acertar tudo que ele acerta, é preciso que o time jogue, corra e marque por
ele. Além de errar demais. Mesmo assim, não adianta tentar convencer o mundo do
contrário. Não é armador, não é e nem nunca foi líder ou decisivo. Kaká vale e
merece mais a aposta.
Neymar: Já passou muito do ponto de ir pra Europa! Só que a coisa
piora, está começando a regredir, não somente seu futebol, mas sua mentalidade
também. Sua atitude blasé e polêmica começam a desenhar um horizonte meio
complicado, principalmente por sua tão pouca idade. Acho que ele ainda não entendeu
que se seleção é importante, ele ainda não é
NADA. Questionam a genialidade de Messi por não ter vencido nada pela
Argentina e aqui, sem ganhar sequer uma Copa América, ele começa a se convencer
de que é um gênio. Tem futebol pra tentar ser um, mas precisa virar homem,
jogar como homem e sair do futebol brasileiro.
Felipão: Os fricotes estavam demorando a aparecer e a imprensa
brasileira merece isso. Merece, pois tirou um técnico pela porta dos fundos
depois de quatro anos de boa campanha por pura picuinha, sem contar no processo
de fritura que impôs ao mesmo durante quatro anos. Quando Felipão assumiu, só
amores! Nem parecia que um ano antes, comandando o Palmeiras xingou e deu dedo
para jornalista sem a menor cerimônia.
Falando de Felipe... Ele parece
perdido, sequer consigo ver Felipão seguro de suas convicções. Como critiquei
aqui da última vez que escrevi sobre seleção, ele precisa admitir sua própria essência.
Está perdido em relação ao intento de alguma modernização e a velha aposta no
futebol Scolari... Feio e copeiro!
Acredito que talvez o Brasil
consiga repetir, no máximo, o que foi feito pela Alemanha em 2006. Mas sempre
foi bom chegar desacreditado em uma Copa... Vamos ver que bicho dá. Antes da
convocação para a CC, vou colocar aqui minhas preferências.
Perdão pelo afastamento, mas a
semana apertou um pouco.
Abraços.
Birite: Viven Porter