sexta-feira, 26 de abril de 2013

E agora, Felipão?



Meu post programado desde quarta-feira, seria sobre a rodada incrível da UCL, mas como ela foi incrível demais, acho que precisará de uma análise mais profunda, ficará para o início da próxima semana.

Apesar dos jogos espetaculares de um meio de semana que pareceu registrar mais um marco histórico do futebol, cheguei em casa disposto a assistir o embate argentino pela libertadores entre NOB e Vélez. Fui vencido pela maioria e já que passava a pelada canarinho, deixei lá e fui acompanhando. Considerei esse amistoso contra o Chile tão inútil quanto o joguinho mequetrefe contra a Bolívia. Mais uma vez, Felipão precisava ganhar e o Brasil precisava de um sparring. Nada melhor do que encontrar um que fosse mais luxuoso que a Bolívia.

A bola da vez era o Chile, escola de futebol que a cada geração revela uns 8 jogadores, onde destes somente 3 jogam alguma coisa. E isso com direito a técnico argentino e vencedor como comandante, jogo no Mineirão novinho, cada um contando somente com jogadores que atuam na América do Sul. Estava armado o teatro, era só deitar e rolar... Pois é! Não rolou!

Não rolou, pois ao contrário do que acredita Felipão, se é que ele ainda acredita em alguma coisa, o Chile jogou de forma compacta e sem preguiça, com jogadores que se preocuparam em jogar algum tipo de futebol. Vale muito lembrar que o Chile foi prejudicado pela arbitragem, a tragédia poderia ter sido bem pior. A seleção do país magrinho do Globo seria o adversário de respeito que venderiam caso Felipão, Neymar e R10 fizessem algo de bom. Como nada foi feito, virou vergonha.

A vergonha foi escancarada em vaias e gritos de olé incentivando o time rival. No final do jogo, declarações estúpidas e desnorteadas, além do habitual e quase esquecido destempero de Felipão. Gostaria de fazer pequenas considerações.

Cavalieri: Que me perdoem meus amigos fanáticos tricolores, mas se algum goleiro que atua no Brasil tem que ser levado, essa vaga deve ficar para Jefferson. Cavalieri continua repondo bolas de maneira tenebrosa, além de dar mole no primeiro gol e joga com os pés com a falta de habilidade característica dos grandes goleiros do Palestra Itália. Hoje em dia, este último fator é determinante.

Jean: Por outro lado, eu levaria Jean e ainda insistiria com ele na lateral direita. Sim, eu detesto o Daniel Alves, com suas roupas e sua mania de achar que é um baita lateral. Ponto pra ele, taticamente interessante o posicionamento do Jean e o poder de variações táticas que ele dá ao treinador.

Jadson: Não conseguiu jogar muita coisa, mas eu gostaria que ele fosse aproveitado na Copa das Confederações. Não é armador, de jeito nenhum, mas surge como bela opção de terceiro homem de meio, ao menos para compor elenco.

Damião: Muita disposição, mas não dá pra cobrar muito de centroavante quando o meio não faz a bola chegar. Merece ser levado, pois é o único com características parecidas com a de Fred, atual titular da posição. Vale considerar que quando testado nas olimpíadas, correspondeu bem e marcou gols.

Pato: Acreditei que ele fosse ser o substituto de Ronaldo quando surgiu. Hoje em dia, já compreendi que não é. Não sei se por falta de talento ou por excesso de máscara e falta de vontade. Pode valer a pena levá-lo, mas não seria interessante que ele ocupasse o lugar de Damião.

Ronaldinho: A imprensa vende Ronaldinho jogando muito e só quem vê os jogos de R10 pelo galo com um mínimo de visão crítica, consegue notar que pra acertar tudo que ele acerta, é preciso que o time jogue, corra e marque por ele. Além de errar demais. Mesmo assim, não adianta tentar convencer o mundo do contrário. Não é armador, não é e nem nunca foi líder ou decisivo. Kaká vale e merece mais a aposta.

Neymar: Já passou muito do ponto de ir pra Europa! Só que a coisa piora, está começando a regredir, não somente seu futebol, mas sua mentalidade também. Sua atitude blasé e polêmica começam a desenhar um horizonte meio complicado, principalmente por sua tão pouca idade. Acho que ele ainda não entendeu que se seleção é importante, ele ainda não é NADA. Questionam a genialidade de Messi por não ter vencido nada pela Argentina e aqui, sem ganhar sequer uma Copa América, ele começa a se convencer de que é um gênio. Tem futebol pra tentar ser um, mas precisa virar homem, jogar como homem e sair do futebol brasileiro.

Felipão: Os fricotes estavam demorando a aparecer e a imprensa brasileira merece isso. Merece, pois tirou um técnico pela porta dos fundos depois de quatro anos de boa campanha por pura picuinha, sem contar no processo de fritura que impôs ao mesmo durante quatro anos. Quando Felipão assumiu, só amores! Nem parecia que um ano antes, comandando o Palmeiras xingou e deu dedo para jornalista sem a menor cerimônia.
Falando de Felipe... Ele parece perdido, sequer consigo ver Felipão seguro de suas convicções. Como critiquei aqui da última vez que escrevi sobre seleção, ele precisa admitir sua própria essência. Está perdido em relação ao intento de alguma modernização e a velha aposta no futebol Scolari... Feio e copeiro!
Acredito que talvez o Brasil consiga repetir, no máximo, o que foi feito pela Alemanha em 2006. Mas sempre foi bom chegar desacreditado em uma Copa... Vamos ver que bicho dá. Antes da convocação para a CC, vou colocar aqui minhas preferências.

Perdão pelo afastamento, mas a semana apertou um pouco.

Abraços.

Birite: Viven Porter

sábado, 20 de abril de 2013

Caixa e Coisa Pretas. Caixa, no Vermelho.




Depois de 100 dias de governo, a gestão da antiga Chapa Azul, capitaneada por Eduardo Bandeira de Mello, Wallim Vasconcelos e BAP, apresentou aos torcedores da Maior Torcida Do Brasil, um mapa financeiro do clube, obtido através de uma auditoria séria e profissional.

O resultado foi assustador e bastante surpreendente. Surpreendente, pois não conheço ninguém que estimasse a dívida rubro-negra em mais de 600 ou 650 milhões de reais. Esses eram os números ventilados pelos mais pessimistas. Todos estavam errados, e por muito! A diretoria convocou uma coletiva e apresentou os números oficias. O Flamengo deve oficialmente, 750,7 milhões de reais! Assustador? Sim! Existe saída? Sim! Mas não será fácil.

É importantíssimo que lembremos que a atual diretoria já pagou, antes do anúncio da dívida, 45 milhões de reais em dívidas, em sua enorme maioria relacionadas a impostos, o que elevaria a dívida real de quando assumiram o clube para um número bem próximo aos 800 milhões de reais ou, para aumentar o impacto, 0,8 bilhão de reais. Em 100 dias, o Flamengo conseguiu muito, e embora o horizonte ainda seja obscuro, já é possível perceber que há luz.

O descaso dos últimos vinte anos, levou o Flamengo a esse caos (que não é exclusividade Flamenga) e os presidentes das gestões fracassadas deveriam ter que responder legalmente por isso. Infelizmente, não existe em nosso país, uma legislação séria quanto a isso. Até existe uma proposta interessante, onde o governo auxiliaria no saneamento das contas dos clubes e endureceria o cerco em relação a futuras irresponsabilidades, penalizando clubes e dirigentes.

Para que possamos ter idéia, somente a senhora Patrícia Amorim Sihmann, foi responsável por quase 90 milhões deste montante em apenas 3 anos. Isso é o que se sabe, não duvido que esse número seja maior. Obrigado, Dona Patrícia, a senhora com certeza foi um dos maiores cânceres que o Flamengo já teve como presidente.

Agora com um pouco mais de 100 dias, a gestão EBM mostra sua seriedade. Para que a dívida seja saneada, é preciso que essa gestão permaneça séria e profissional e que pelo menos seus próximos 3 ou 4 sucessores acompanhem essa tendência. As CND’s obtidas através do pagamento de impostos sinalizaram ao mercado que o Gigante passou a ser adulto. A molecagem parece ter ficado para trás e o qualquer conteúdo associado ao vermelho e preto, passa a ser novamente interessante para quem investe.

A torcida precisa fazer sua parte, os dirigentes estão fazendo a deles e tenho a impressão de que em 100 dias, o Flamengo caminhou cinco anos. Os resultados devem demorar ao menos um ano, um ano e meio e estou disposto a aguardar. O resgate da dignidade do clube trará a possibilidade de dominar o futebol nacional de forma ampla. Poderia ser bem pior, nosso calvário poderia ser em divisões subalternas do futebol brasileiro. Por sorte, não será. Sofreremos na elite.

Certa vez, ouvi numa Futecom que a sorte do futebol nacional era a desorganização que imperava na gestão de Flamengo e Corinthians. Inclusive um blog famoso relatou a opinião do dirigente que disse isso com muita visão e sem qualquer constrangimento. Então, o Corinthians se organizou e o Flamengo vem tentando fazer isso de forma ainda mais rápida, os gigantes acordaram. Acho fundamental que outros times passem a se organizar para que a diferença não fique tão grande e que os mesmos não passem a fazer parte do terceiro escalão da elite do futebol brasileiro. Mesmo Flamenguista, não gostaria de ver o Vasco virar um La Coruña.

Inter e Grêmio, mesmo com uma quantidade menor de torcedores, tendo um perfil bastante regional, parecem ser alguns times que vão resistir a todo esse novo processo de reestruturação do futebol nacional. Não custa nada torcer para que a moda pegue. É provável que nosso futebol não seja mais tão nivelado, mas será possível ter um nível europeu de técnica e estrutura em todos os clubes que aderirem a uma política séria.

Birite: Cerveja Sapporo

terça-feira, 16 de abril de 2013

Quanto Vale Um Ídolo?



Como todos sabem, sou Flamenguista. Daqueles chatos, embora viva cada vez mais em paz por conta de futebol. Mesmo assim, vim aqui hoje falar sobre o Dedé, do Vasco. Sim, vou falar dele mesmo. Sim, ele joga no Vasco. Sou obrigado a revelar que além de grande admiração por Dedé, tenho certa raiva pois não pude, como provavelmente jamais poderei, indicar ou definir a contratação de Dedé para o Flamengo. 

Comecei a acompanhar o Dedé logo que ele surgiu em 2008. Zagueiro de boa estatura e de bom posicionamento, principalmente para um zagueiro de 19 anos. Acreditei que junto com Rafael Tolói, outro zagueiro que deposito grandes esperanças, pudesse ser uma boa aposta para clubes de maior expressão. 

No ano seguinte, em mais um carioca, novamente ele aparecia, compondo dupla de zaga com o mais que veterano Junior Baiano. É bom lembrar que JB foi boa influência para Dedé e que, apesar de todo o folclore, Junior Baiano sempre foi bom zagueiro, tinha recurso técnico, pecando muito por ser esquentado e por achar que tinha futebol pra ser meia. Naquele ano, o Carioca foi o suficiente para que se convencessem de que Dedé era uma ótima aposta. Torci para que o Flamengo se movimentasse, já vi até entrevista do Dedé dizendo que recebeu proposta, mas preferiu o Vasco, para minha insatisfação. Não chegou a ser tristeza, o garoto era só uma promessa...

E depois do Carioca lá foi o Vasco em sua disputa da segundona. Não acompanhei o ano de adaptação do garoto, afinal, uma coisa é gostar de futebol e apostar no sucesso de um jovem que parece promissor, outra coisa é perder o ano secando seu maior rival na segundona enquanto seu time é Campeão Brasileiro. Não acompanhei, ou melhor, só o suficiente para notar que Dedé não seria testado naquele ano. 

O ano seguinte começou e pela primeira vez em dois anos, Dedé não brilhou no Carioca, continuava sem chances. Em um jogo decisivo contra o Vitória, Dedé teve sua grande chance e provou que a aposta tinha vingado. Entrou, jogou, ganhou campeonatos, virou ídolo, capitão e sempre sereno e identificado com a torcida. Afirmei, como ainda afirmo, que vejo mais capacidade em Dedé do que no próprio Thiago Silva. Geralmente sou criticado por isso, principalmente pelos meus amigos tricolores, mas realmente acredito que o potencial de Dedé seja maior, só parece faltar ambição às vezes.

Dedé já era o Mito da torcida cruzmaltina quando as polpudas propostas do Velho Continente começaram a chegar. Ele não queria sair e o Vasco não queria vender. Dizem que Dedé não quer a Europa e isso, eu critico bastante, assim como no caso de Neymar. Thiago Silva não seria o zagueiro que ele é se continuasse no Brasil, não mesmo! E talvez Dedé não consiga ser por sua resistência em ficar no país. Ainda assim, por pior que fosse a situação, Dedé queria o Vasco e o Vasco queria Dedé, uma bela história. 

Mas o futebol é cruel e os clubes brasileiros ainda dependem da venda de jogadores para fazer caixa. Quando a fase é boa, você vende duas promessas e um bom jogador, quando a fase aperta, você se mutila e vende o melhor que pode. O Vasco precisou. Demorou a fazer negócio, perdeu o tempo certo da venda e esbarrou na falta de vontade de Dedé jogar na Europa. O Corinthians, que antes ofereceu um tanto de dinheiro, já não tinha mais a grana e o Cruzeiro resolveu contratar o melhor zagueiro em atividade no país.

Acho que o Dedé até poderia jogar em outro clube no Brasil, no fim da carreira. Depois de ter suado pelo Vasco e ter feito sua carreira na Europa, poderia voltar ao Brasil e simplesmente jogar onde quisesse, provavelmente escolheria o Vasco, mas já seria ídolo do passado e isso não apagaria sua história. Dedé sai pra ajudar o Vasco, vai pela porta da frente, mas é esquisito saber que de agora em diante o Dedé será também do Cruzeiro. 

Quanto ao Vasco, fez o que o mercado e a responsabilidade financeira dizem pra fazer. Acho que o ideal seria convencer o Dedé de que a Europa era o melhor lugar pra ele. O dinheiro seria maior, o ídolo continuaria exclusivo, podendo ser chamado de Mito, com o exagero da saudade como justificativa.

Desejo ao Dedé toda sorte do mundo!

Birite: AMSTEL PULSE

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Metade Por Um Terço



De acordo com o que já havia escrito aqui com alguma antecedência, não via muita possibilidade de zebra em relação aos confrontos de ontem. 

O Bayern abriu grande vantagem no primeiro jogo e teria de encarar uma Juve ofensiva em Turim, como isso não é nada natural para a Juve, seria quase impossível que essa vantagem não fosse mantida ou ampliada. Tudo simples, fácil e sem mistério.

Enquanto isso, no outro confronto, insistiam em criar um monstro no lugar do PSG, esquecendo que no primeiro jogo, um gol irregular e o frango de VV, permitiram que o milionário time de Paris tivesse alguma chance, que acabou sendo bem multiplicada com a notícia da lesão muscular de Messi. Cheguei a palpitar por aí que sem o Messi e com esse resultado o PSG tivesse incríveis 20% de chance.

O jogo começou com um Messi no banco e com a confirmação de que teria condições mínimas de jogo. Movimentado e com o Barça um pouco melhor, havia qualidade apesar da falta de jogadas mais agudas. Assim, quase sem perceber, a primeira etapa se encerrou. Pelo lado francês, Verratti e Lucas davam estabilidade e dinâmica ao esquema tático montado por Ancelotti.

A etapa final se iniciou com expectativa de um PSG mais agressivo e com uma aposta um pouco mais comedida em relação aos passes em profundidade. Acho que nem o próprio PSG acreditou que pudesse ser tão rápido. Pastore marcou e enquanto comemorava, o pequeno ET argentino levantava os meiões e partia para o aquecimento. Nos 13 minutos que separaram o gol e a entrada de Messi, o Barcelona se sentiu perdido e o PSG poderia ter aproveitado para ampliar.

Com Messi em campo, mesmo que em condição física precária, o Barcelona passou a pressionar de imediato, criando duas chances de empate em menos de cinco minutos. Iniesta voltou para o jogo como no primeiro tempo e Xavi, até então apagado, passava a trabalhar mais solto. 
A presença de Messi impunha respeito à zaga, mais pela presença em si, que propriamente pela capacidade. Era evidente que meio Messi, durante trinta minutos já eram um pesadelo para Thiago Silva e para o impecável Alex. Na terceira tentativa, La Pulga partiu pra dentro da defesa adversária, prendendo com ele, três dos seis marcadores que trancavam o ferrolho. Messi achou Villa, que conseguiu se livrar de dois dos três marcadores restantes e rolou na medida pro garoto Pedro estufar o filó dos petrodolarizados franceses.

A partir daí, o jogo simplesmente correu, com o PSG nervoso e com o Barça controlando a maior parte das ações. Messi já não corria mais, andava em campo, sua condição era lamentável e seu sacrifício, louvável. Ainda assim, arrastava Thiago Silva na marcação, abrindo espaço pra Daniel Alves gastar o tempo.

Com o fim do jogo, ficou novamente óbvio que Messi não parece ser desse mundo. Metade do corpo dele esteve em campo durante um terço da partida. A doação foi por inteiro...

Visca Barça. Festa Culé!

Birite: DUVEL TRIPEL HOP - CADEG

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Tricolores...



Eu até queria falar sobre a Champions League. Os dois favoritos passaram, mas conforme eu havia previsto, as zebras assustaram e quase levaram a brincadeira a sério, mesmo assim, não vi os jogos, só os gols e os compactos. Como ainda não vivo de assistir e comentar jogos, não foi possível acompanhar. Creio que amanhã, com ou sem Messi o Barcelona passe adiante, bem como o Bayern. Minha torcida por uma final com os dois é escancarada mesmo. 

. . .

Mesmo assim, o objetivo do post de hoje é falar sobre o duelo dos tricolores na noite de amanhã, ou hoje, como devem preferir os que tem maior apego pelo relógio. 

O confronto dos dois tem deixado muitos torcedores de cabelo em pé. Fluminense e Grêmio complicaram um grupo sem qualquer mistério e são diretamente responsáveis por toda essa emoção desnecessária. Mais até o Fluminense que o Grêmio, bem verdade. Afinal de contas, enquanto o Imortal gaúcho montou mais de meio time para a competição, o Flu manteve a base campeã brasileira do ano passado e não precisou fazer qualquer tipo de adaptação.

Antes de compartilhar o que acredito que vá acontecer amanhã, peço a todos os tricolores, tanto do Rio quanto do Rio Grande, que acreditem em um palpite principal. Os dois clubes irão se classificar para a próxima fase! Não acredito no contrário, acertando ou não o meu palpite de amanhã, os dois passarão para a fase de mata-mata e espero que passem a dar trabalho.

O jogo amanhã será complicado pelos desfalques. Grêmio joga sem Elano, o que seria incrível para o Fluminense. Sem mobilidade no meio e com Zé Roberto sozinho na criação, o time gaúcho perderia demais e Luxa poderia investir no insistente e inconsistente 4-3-3 sem perturbações e com desculpas, um prato cheio pro time das Laranjeiras! Só que não! 

No último jogo do Flu pelo carioca, Fred voltou a se machucar. Ainda bem que isso não aconteceu pela seleção, do contrário a reclamação seria tão grande, que o clima estaria insuportável. 
Fato é que Fred voltou a se lesionar e o Fluminense não esclareceu muito a gravidade da lesão. Ele não jogará os próximos dois jogos e com isso, o Fluminense perde meio time. Sim, até no sentido literal, são vários os desfalques, mas nenhum tão importante quanto Fred. É seu faro de gol que tem decidido, mesmo sendo prejudicado e super exigido pelo esquema precipitado e arcaico de Abel. Muitas pessoas acreditam que meu problema com Abel é pinimba... então que perguntem a um tricolor, como meu amigo Thiti, por exemplo.

Sem Fred, a situação do Fluminense se complica e não acredito nem um pouco em vitória do tricolor de Nelson Rodrigues.
Sem Fred e com Abel tentando se apegar ao esquema, acho muito difícil que mais um milagre seja operado em Porto Alegre. 

Ainda assim, continuo fiel a minha convicção de que os dois brasileiros chegarão a próxima fase. E tenho certeza que para que sigam em frente terão de apresentar muito mais futebol e vontade do que aquilo que foi apresentado na fase de grupos. Só a camisa, não bastará. 

Bom jogo aos Tricolores!

Birite: CERPA EXPORT

terça-feira, 9 de abril de 2013

Um Teste Quase Inexistente...



O Brasil trocou de técnico e independente de atrasar o trabalho da seleção ou não, resolveu mudar a filosofia de seus confrontos. Era a hora de trocarmos de lado, sairiam os adversários fracos de outros tempos e entrariam adversários com história e futebol, ponto pro Felipão e sua trupe. 

A primeira parte complicada para meu entendimento é em relação a verdadeira forma de organização desses confrontos. Quando o técnico da seleção é querido pela mídia e os adversários são fracos, a notícia que chega é que os lotes de amistosos já estão vendidos há tempos e que o treinador não tem culpa, sendo a responsabilidade da CBF e da empresa que "agencia" esses jogos. Quando o técnico não é querido, a mídia faz de tudo para colocar na conta dele a escolha dos adversários. E quando há uma troca e alguém chega com prestígio e pede amistosos mais "fortes", esse alguém é atendido. De um forma ou de outra, pra mim, essa conta não fecha. 

Voltando aos amistosos atuais, considerei realmente interessante a escolha de bons adversários para o Brasil, afinal, não nos respeitarão só porque somos os donos da bola da Copa. O lado complicado desta moeda estaria por vir com nossas deficiências e carências sendo escancaradas quando testados contra bons adversários. Depois de três jogos e quase nenhum sucesso, com Neymar em princípio de crise e Ronaldinho precisando de mais uma chance, resolveram dar uma chance aos jogadores brasileiros contra a incrível seleção da Bolívia!

O amistoso seria basicamente inútil, serviria, quem sabe, para lesionar jogadores e seus clubes reclamarem, por sorte, Fred se machucou defendendo seu clube e não a seleção em um amistoso inútil. Com a grande capacidade técnica de nossos adversários, Neymar se reencontrou, Ronaldinho fingiu querer algo com a seleção e Felipão, além de voltar a ser gênio, talvez tenha notado que Damião merece estar no grupo. Com exceção desses pequenos fatores, quase todos eles já esperados, a seleção venceu fácil. O objetivo foi cumprido. Espero que o dinheiro seja entregue a família do menino, já que todas as mentiras que queriam transformar em verdades foram alcançadas, não custa nada essa acontecer.

Boa semana, desculpem a demora.

BRIRITE: WAY AVELÃ PORTER

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Salve Jorge?!



O Evangélico Jorginho, tem em pleno mês de Ogum, seu homônimo, sua oportunidade quase única de se firmar. Não desejo a queda imediata de Jorginho, mas sou obrigado a admitir e me doer com a constatação de que eu e meus amigos, enxergamos futebol de uma forma absolutamente divergente da dele. 

Não creio que a diretoria do Flamengo vá limar Jorginho assim tão fácil. Trabalho sério, quase que invariavelmente, demanda tempo. O próprio Dorival precisou de um bom tempo, troca de diretoria e elenco e salários (quase todos) em dia para que pudesse dar padrão ao time. 

Talvez a partir deste último aspecto tenhamos o principal problema, padrão. No Brasil, essa palavra de peso tático e técnico tão grande em geral deixa de lado o trabalho do antecessor, mas não somente seu lado ruim.
Dorival demorou meses e algumas condições para dar algum padrão tático ao time. Assim sendo, aproveitou bem a chegada de Elias, lançou bem o novo Ibson, revelou Rafinha, deu chance e fôlego a Rodolfo, sacou Renato do time titular, entendeu que González é o dono da zaga e que provavelmente seu parceiro mais virtuoso fosse Renato Santos e compreendeu que com as limitações do elenco não são possíveis tantas variações. 

Com todas essas possibilidades e descobertas, vejo que Jorginho, ao assumir, acabou por deixar de lado as melhores e mais preciosas indicações de seu colega. O desmanche da zaga e a aposta desenfreada em Alex Silva só podem ser piores e mais danosas ao time que o esquecimento de González e Ibson. 
A aposta em Rodolfo talvez seja seu maior mérito, esquecendo um pouco Carlos Eduardo. Seria capaz de apontar como ponto positivo seu entendimento de Nixon como centroavante, posição que ocupa desde os 13 anos de idade. Não sou capaz de bater palmas para sua última descoberta, numa atitude de técnico jovem ou traíra, sacou o menino faltando dois minutos para o trilar do apito da primeira etapa.

A realidade do ano que se apresenta é simples, como um cara que leu "A Bola Não Entra Por Acaso" e ainda acredita muito na filosofia da nova diretoria, acho que esse ano pra nós, será como 2002/2003 para o Barça, guardadas as devidas proporções, esse é o ano de nosso pagamento, é preciso ajoelhar no milho. Alguns precisam de série B, talvez, o melhor que o destino nos reserve, seja um carioca sem nada, uma eliminação precoce na Copa do Brasil e um Brasileiro modesto com dignidade.

Para que dias melhores cheguem com mais tranquilidade, seria salutar que Jorge desse uma força e não deixasse de lado o trabalho suado e nem tão brilhante de Dorival.

Birite: Kirin Ichiban