quarta-feira, 14 de agosto de 2013

...em busca de equilíbrio...



Desde o apático jogo contra o Bahêa, o elenco Rubro-Negro vem conseguindo manter um rendimento um pouco mais regular. Como já adiantei em outros momentos, principalmente quando exalto a insana bipolaridade flamenga, não temos um time para cair. Ressaltei também, que com a ajuda da arquibancada (e se possível com ingressos mais baratos), podemos cumprir nossa meta de fuga do rebaixamento bem mais rápido que o imaginado.

Nosso elenco é limitado, mas não é ruim. Nosso time é jovem, mas consegue ser aplicado taticamente em grande parte da ‘Era Mano’. Por ser jovem demais, vejo dois efeitos imediatos: as oscilações que ocorreram até agora e a importância de jogadores mais experientes. 

Além de bela partida, André Santos deu experiência ao time no meio, fazendo uma companhia madura no meio de campo e não permitindo que o time se perdesse com o gol sofrido ou caindo na pilha da violência que os jogadores do Fluminense tentaram impor ao final do primeiro tempo.

No mais, um passeio tático e um Flamengo ainda mais interessante que o que se apresentou diante do campeão da Libertadores. A nota triste do jogo, fica por conta de mais um gol tomado ao apagar das luzes e em mais uma das já incontáveis falhas de Felipe nesse campeonato. Em minha humilde opinião, já que fica difícil negociá-lo, que pelo menos um banco ele pegue. Nada como a incerteza do amanhã para que a postura seja mais dedicada em busca de uma forma técnica ideal.

Para o jogo de logo mais, o delicioso Serra Dourada (um dos estádios que mais gosto no Brasil), enfrentaremos um Goiás aguerrido, organizado e invicto em seus domínios. Conhecendo a Nação, ouso afirmar que nesse jogo seremos os mandantes. Chicão fará sua estreia com o Manto, formando uma dupla com o terrível Wallace, e é preciso muita atenção ao gordinho Walter, que vem fazendo muitos gols. Tenho pra mim, que se o Goiás jogar buscando o resultado, o gramado grande do Serra Dourada possibilitará uma boa quantidade de contragolpes.

Estou torcendo muito para que o Mano consiga encontrar um modo de dar estabilidade ao time nos jogos de meio de semana. Se atingirmos essa estabilidade tão desejada com Elias (menino Cirilo) e André Santos na mesma voltagem e sintonia que no último domingo, nosso ano pode ser bem menos agitado. Cáceres pode voltar ao meio, tirando a vaga de Luiz Antônio, que vem jogando o fino. Não sei se faria isso, mas prefiro confiar no Belo trabalho que Mano vem desenvolvendo.


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terça-feira, 6 de agosto de 2013

O Poxetu, o Flu e o Profexô



Vanderlei Luxemburgo acabou sendo nomeado como o sucessor de Abel Braga no comando do Fluminense. Mesmo já tento estreado e tendo conseguido sua primeira vitória no Brasileirão, a desconfiança tricolor permanece, e por isso me senti no dever e no direito de vir dar meu palpite.

Não vou me alongar sobre o modo como Luxa foi escolhido. O que corre em toda a imprensa e até mesmo dentro das Laranjeiras, é que o técnico foi posto goela abaixo do presidente Peter Siemsem. Mais uma vez, Celso Barros mostra que mesmo sem assinar polpudos cheques na temporada, quem manda no clube ainda é ele! Fato é, que Luxa assumiu e tem mais de 70% do brasileirão pela frente.

Sou muito suspeito pra falar de Luxemburgo. Apesar de gostar do modo como ele tende a armar seus times. Dificilmente seus times jogam feio. Esse aspecto é um dos que ainda mantém esse cara em alta conta na minha humilde avaliação! O problema dele não é o talento pra montar um esquema equilibrado, eficiente e que não dê sono. O tempo passou e Luxa ganhou algumas peculiaridades em sua personalidade. E são essas peculiaridades que dificultam muito a sua volta ao topo, com a conquista de títulos expressivos.

Vanderlei notabilizou-se por conseguir ter bom trato com os jogadores, e falar o idioma do boleiro. Com a grife, o vocabulário tentou ficar mais rebuscado e ele investiu de vez no ar doutoral, muito além do terno. Hoje, o maior calcanhar de Aquiles de seus trabalhos, é justamente o bom relacionamento com seus jogadores no longo prazo. É necessário também, que pese contra sua imagem, sua atuação múltipla dentro do futebol, desejando controlar tudo e dando pano para as mangas de quem comenta que ele leva um “qualquer” em negociações de jogadores de seu interesse. Só continuo achando que ele ainda sabe montar um time.

Não acho que com as peças e o desgaste que tem atualmente, o Fluminense possa ser campeão brasileiro novamente, mas com o mínimo, Luxemburgo já deixará o Fluminense com uma cara interessante e, muito possivelmente, agradável de se ver jogar. 

Minha opinião é a de Celso Barros acertou, e o Flu entra novamente na briga por mais uma vaga na Liberta de 2014. Não acho que caiba qualquer linha a respeito de sua sinceridade em admitir seu time. O Abel é tricolor e não deixará de ser profissional caso treine outro time no Brasil. Luxemburgo nunca amoleceu para o Flamengo, muito pelo contrário!

Caso as especulações se confirmem e Celso dê um “chequinho” para um pequeno tempero no elenco, o Flu entra ainda mais forte na briga pela Libertadores e pela “Copona” do Brasil.

Vamos conferir!


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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A Bipolaridade em Vermelho e Preto


Muita gente vai achar que esse arremedo de palavras a seguir tem por objetivo criar uma espécie de manifesto em apoio a tudo que vem ocorrendo na Gávea. Sei disso, pois faz parte do traço fundamental do temperamento da torcida Rubro-Negra tratar o mundo de forma bipolar, dicotômica.

Vamos aos fatos, e vou procurar, na medida do possível, ser claro e didático. Os carecas da Chapa Azul foram eleitos com amplo apoio da torcida, em uma movimentação histórica e muito bonita. Até aí tudo bem, mas temos dois desdobramentos razoáveis a partir daí.

O primeiro desdobramento se dá por conta da expectativa criada. Fazendo um paralelo e guardando as devidas proporções, vejo traços similares ao tom de esperança e aura quase messiânica atribuída a Obama em sua primeira corrida presidencial. Foi depositado naquele grupo, a esperança da resolução de anos de descaso de forma mágica e quase que instantânea, transformando o Flamengo novamente em potência do futebol nacional da noite para o dia. Ressalto, porém, duas coisas: a primeira é de que peço guarda às proporções, pois o Flamengo é muito mais importante e mais complexo do que os EUA. E a segunda questão é de que em momento algum, nos foi vendida a idéia de que seria fácil.

O segundo desdobramento, e não menos importante, ocorre a partir da transparência dos caras ainda durante o processo eleitoral, em que afirmavam, categoricamente, que a brincadeira não seria fácil, principalmente no início. Em um pacto silencioso, a torcida que muito apoiou, pareceu consentir. Só que não!

Bem verdade que não tenho muitas críticas ao Presidente, mas a VP de Futebol pecou em diversos aspectos, sim. Para mim, seu maior pecado, foi praticado por Wallim. Não é possível que ele não tenha conseguido aprender a lição completa de como não lembrar o Kleber Leite. Não prometa o que você não vai cumprir. Wallim o fez pela metade, não citando nomes, mas citando quantidades! Sendo assim, sou obrigado a repetir o que falo no pôquer: “besteira dita, é besteira feita!”. Sem falar no maravilhoso momento escolhido para suas férias. Achando pouca sacanagem, ele volta de seu retiro sabático e dá a incrível entrevista de hoje! Só por São Judas Tadeu!

Além de Wallim, acho que BAP, a personificação do sucesso que a Chapa Azul alcançaria de forma instantânea, vem tendo algumas dificuldades, mas não conheço Marketing de milagres maior do que 32 mil no ST, com esse panorama atual. Sem um nome, sem uma cara, sem alguém que encante, fica difícil vender um produto que se vende muito bem, inclusive em péssima fase! Além do ST, a quantidade de Mantos vendidos foi, e ainda é assustadora.

Acho que essas duas afirmações, somadas a um elenco nota 5, fazem com que os senhores entendam que eu concordo que nem tudo nesse cenário seja belo e colorido, mas estou aqui com outro objetivo. Quando aceitamos, mesmo que de forma silenciosa e não explícita, passar por um ano de provações e reestruturação, o sofrimento estava no pacote. Aguentar um ano de zoações, com uma eliminação precoce na Copa do Brasil e um Campeonato Brasileiro lá pela 12ª. ou 14ª. posição, sinceramente, era o que eu esperava. É claro que fica complicado ouvir o VP falando que trará alguns bons nomes, que nos darão condições de sonhar um pouco mais alto, acaba deixando a expectativa um pouco maior, mas ainda no ano passado, sabíamos que 2013, seria uma ano para arrumar a zona.

O que eu não consigo compreender é essa bipolaridade tão acentuada. Ok! Eu sei que nossa torcida tem duas velocidades, que são basicamente: “Fudeu! Vamos cair!” E a não menos famosa: “Rumo ao hepta! Libertadores qualquer dia tamo aí! E ano que vem é Tokio!”. Eu sei, conheço meu povo! Mas acho que tá um pouco demais. O meio termo foi abandonado e um time jovem, frágil e em formação vai oscilar, e muito! Temos técnico e Mano, até perder para o Inter naquela bola vadia, estava invicto e dando padrão ao time. No jogo contra o Botafogo, terminamos o segundo tempo sorrindo e vendo do que o time é capaz. Foi só perder para o Bahêa que tudo foi por água abaixo? Menos!

Esse time, sem reforços, do jeito que está, a menos que o Cadu chupa sangue resolva jogar pelo que recebe, nos deixará no meio da tabela do Brasileirão, um pouquinho pra baixo, mas ali perto. Esse time com 3 reforços que cheguem e rendam, pode nos deixar com um fim de ano tranquilo, mas dificilmente vitorioso. Sendo assim, peço a todos, principalmente aos que falam tanto para apostar nos garotos que apoiem mais! Não vou entrar nessa palhaçada de bipolaridade Flamenga. Já vi times bem piores, com Moisés, Irineu, Douglas Silva, Negreiros, Walter Minhoca. Se a torcida abraçar, poderemos alcançar a nossa humilde marca de 50 pontos na tabela o mais cedo possível e planejar 2014 em paz! Gostaria de ressaltar que mesmo sendo direito de cada um, não vejo o ST como joguete, comprometa-se a longo prazo! Ou então não se comprometa. É justo! É direito de cada um, ver vantagens ou querer ajudar por ajudar, simples assim! E isso não é julgamento. Só não acho que a sua permanência tenha que variar de acordo com o seu humor.

E pra você, amigo que fica comparando a suposta falta de movimentação do Flamengo com os jogadores contratados pelo Vasco, eu vos digo: Roberto Dinamite está fazendo a mesma coisa que Paty Amorim e tantos outros fizeram. Está contratando sabendo que não irá conseguir honrar os compromissos assumidos. Simples assim! Se você prefere esse tipo de medida, não adiantou nada pedir mudança no ano passado. É como gritar “fora Cabral” e votar no Garotinho ou no Pezão, no ano seguinte. Não há ainda, motivo real para desespero. A maior torcida do mundo faz a diferença! Verdade! Para o bem e para o mal! Não vou deixar de criticar as pixotadas da diretoria, mas jamais abandonarei o Flamengo.

Como diz uma blogueira que muito admiro: NADA IMPORTA SEM O FLAMENGO!

Um Abraço! SRN!


Birite: Einbecker Ur-Bock Hell – Vale cada gota! Feliz Dia Internacional da Cerveja!!!