terça-feira, 9 de junho de 2015

Cada caso é um caso


Volto a tentar escrever algo em algum lugar, já que a criatividade não me permite sonhar com algo muito melhor. Ela simplesmente se foi! Assim sendo, restam os comentários.

Após a campanha ridícula do ano passado, por pouco coroada com um novo rebaixamento, o Palmeiras começou 2015 disposto a despertar. Com um estádio bonito pra caralho em mãos, o torcedor chegando junto e a proposta de gastar uma grana, começaram escolhendo um comandante. Escolheram Oswaldo, um cara que a imprensa e o futebol parecem gostar, mas que não me inspira e nunca me inspirou a menor confiança.

Minha humilde opinião é a de que o irmão do SENHOR WALDEMAR não passa de mais um técnico brasileiro que vive de sucessos do passado e projetos bissextos com algum sucesso. Enfim, o nome foi esse, mas o problema não seria ele.

O Verdão foi ao mercado e apostou numa estratégia que parecia - avaliando o atual bicampeão brasileiro - correta. Captou um ou dois bons nomes e montou um grande plantel de refugos e apostas. Sim, exatamente. Eu disse refugos. Por favor, não compreendam mal o termo, mas um ajuntamento de diversos jogadores sem atividades muito relevantes em seus times ou captá-los por atuações razoáveis em times pequenos, acaba por enquadrá-los nessa categoria.

Egídio, Goulart e Everton Ribeiro são exceções, não são regras. O Palmeiras acreditou que regra fosse. Acertou em cheio com Zé Roberto, gastou MUITO dinheiro no leilão do Dudu, levou Lucas e João Paulo para o Palestra e achou que tudo daria certo. No Paulista as coisas quase deram certo, embora o time tenha continuado sem regularidade e imposição em clássicos. Natural, o resgate da confiança também passa por isso.

As coisas não pararam por aí. As indicações de Oswaldo foram chegando, Rafael Marques e o menino vômito Fellyppe Gabriel chegaram por indicação do comandante. Havia planejamento e estrutura. Havia confiança, respeito e salários em dia. Quando perceberam que Cristaldo não daria conta, que apostas do paulistão às vezes demoram a vingar e que, como já havia ficado claro no Botafogo, Rafael Marques não é centroavante, buscaram o Alecsandro no Flamengo. Por pouco não perderam o treinador alguns dias antes... Quando Luxa balançou e caiu, Oswaldo foi publicamente cotado.

Luxa disse que ouviu da diretoria que estava no projeto, que fazia parte dos planos, mas quando saiu se disse insatisfeito, deixando uma estranheza no ar sob o motivo de sua permanência no Rio. Oswaldo parece ter ouvido o mesmo, mas se disse feliz no clube e duvido que mude de opinião. O primeiro, não quis ser demitido pessoalmente. O segundo está demitido desde ontem, mas topou ir ouvir sua dispensa. Mesmo assim, a imprensa só bateu em um clube.

Voltando ao Oswaldo e ao Palmeiras, Paulo Nobre abre mão de um projeto de longo prazo e sonha em transformar o Palmeiras no Cruzeiro 3.0, inclusive com o mesmo técnico que fez um elenco de refugos responder e vencer. Nobre parece ter esquecido do tamanho do Palmeiras. Lá a pressão é grande! Há camisa, há torcida e um processo de transformação não acontece da noite pro dia.

Ao invés de apostar suas fichas num trabalho de longo prazo, ele continua torcendo para que o raio caia, pela terceira vez, no mesmo lugar. Dessa vez com o mesmo técnico. Cruzeiro e Palmeiras tem histórias parecidas, Nobre só esqueceu que o segundo é maior e bem diferente do primeiro.

Vlw, galera!

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