Volto
a tentar escrever algo em algum lugar, já que a criatividade não me permite
sonhar com algo muito melhor. Ela simplesmente se foi! Assim sendo, restam os
comentários.
Após
a campanha ridícula do ano passado, por pouco coroada com um novo rebaixamento,
o Palmeiras começou 2015 disposto a despertar. Com um estádio bonito pra
caralho em mãos, o torcedor chegando junto e a proposta de gastar uma
grana, começaram escolhendo um comandante. Escolheram Oswaldo, um cara que a
imprensa e o futebol parecem gostar, mas que não me inspira e nunca me inspirou
a menor confiança.
Minha
humilde opinião é a de que o irmão do SENHOR WALDEMAR não passa de mais um
técnico brasileiro que vive de sucessos do passado e projetos bissextos com
algum sucesso. Enfim, o nome foi esse, mas o problema não seria ele.
O
Verdão foi ao mercado e apostou numa estratégia que parecia - avaliando o atual
bicampeão brasileiro - correta. Captou um ou dois bons nomes e montou um grande
plantel de refugos e apostas. Sim, exatamente. Eu disse refugos. Por favor, não
compreendam mal o termo, mas um ajuntamento de diversos jogadores sem
atividades muito relevantes em seus times ou captá-los por atuações razoáveis
em times pequenos, acaba por enquadrá-los nessa categoria.
Egídio,
Goulart e Everton Ribeiro são exceções, não são regras. O Palmeiras acreditou
que regra fosse. Acertou em cheio com Zé Roberto, gastou MUITO dinheiro no
leilão do Dudu, levou Lucas e João Paulo para o Palestra e achou que tudo daria
certo. No Paulista as coisas quase deram certo, embora o time tenha continuado
sem regularidade e imposição em clássicos. Natural, o resgate da confiança
também passa por isso.
As
coisas não pararam por aí. As indicações de Oswaldo foram chegando, Rafael
Marques e o menino vômito Fellyppe Gabriel chegaram por indicação do
comandante. Havia planejamento e estrutura. Havia confiança, respeito e salários
em dia. Quando perceberam que Cristaldo não daria conta, que apostas do
paulistão às vezes demoram a vingar e que, como já havia ficado claro no Botafogo,
Rafael Marques não é centroavante, buscaram o Alecsandro no Flamengo. Por pouco
não perderam o treinador alguns dias antes... Quando Luxa balançou e caiu,
Oswaldo foi publicamente cotado.
Luxa
disse que ouviu da diretoria que estava no projeto, que fazia parte dos planos,
mas quando saiu se disse insatisfeito, deixando uma estranheza no ar sob o motivo
de sua permanência no Rio. Oswaldo parece ter ouvido o mesmo, mas se disse
feliz no clube e duvido que mude de opinião. O primeiro, não quis ser demitido
pessoalmente. O segundo está demitido desde ontem, mas topou ir ouvir sua
dispensa. Mesmo assim, a imprensa só bateu em um clube.
Voltando
ao Oswaldo e ao Palmeiras, Paulo Nobre abre mão de um projeto de longo prazo e
sonha em transformar o Palmeiras no Cruzeiro 3.0, inclusive com o mesmo técnico
que fez um elenco de refugos responder e vencer. Nobre parece ter esquecido do
tamanho do Palmeiras. Lá a pressão é grande! Há camisa, há torcida e um
processo de transformação não acontece da noite pro dia.
Ao
invés de apostar suas fichas num trabalho de longo prazo, ele continua torcendo
para que o raio caia, pela terceira vez, no mesmo lugar. Dessa vez com o mesmo
técnico. Cruzeiro e Palmeiras tem histórias parecidas, Nobre só esqueceu que o
segundo é maior e bem diferente do primeiro.
Vlw, galera!