Quanto mais procuro ler sobre a
Copa, os novos estádios e todos os acontecimentos que orbitam em volta do
evento, maior é o número de pessoas que reclamam e maldizem a todo e qualquer
custo à modernização dos estádios e todas as regras que se seguem, junto com o
caderno de encargos e compromissos entregue pela Fifa ao nosso país.
Acho que é importante destacar
que as normas de segurança e comportamento da Fifa, valerão para os eventos da
Fifa e que, muito provavelmente, após a Copa do Mundo, poderemos voltar a
assistir jogos em meios as baterias e charangas, de pé e sem ter que respeitar
lugares marcados. Justo! Acho tudo isso justo! É o nosso jeito de torcer e isso
deverá voltar, assim como (espero eu), as redes do Maracanã.
Mas existem coisas que são mais
interessantes em meio a tanta pedrada. É curioso perceber que a maior parte das
pessoas que esbraveja e amaldiçoa todas as mudanças e modernizações geradas
pela nossa “Copa da Discórdia”, insistem em dizer que é um absurdo querermos
imitar a Europa, que não valorizamos nossa cultura e não respeitamos nosso
passado. Até considero argumentos válidos, embora particularmente, eu não veja
o menor problema em copiar o que há de bom do resto do mundo e aplicar aqui,
mesmo que com nossas adaptações.
Parece que só não observaram que
a nossa mania não consiste em imitar somente o que parece bom. Imitamos de
graça, imitamos por pura e simples falta de personalidade. Acho curioso que
imitar um modelo de gestão, um estilo de jogo, um formato de treinamento e
quaisquer coisas que possam ser consideradas como avanços, sejam vistas por
tantos rancorosos como um retrocesso. E este mesmo “pessoal” não consegue ou
não tem coragem de admitir que é ainda pior imitar pelo simples processo
cultural da cópia malfeita. Esses detratores da modernidade acham a Cachirola
algo louvável! Como se o patético (porém simpático) instrumento não fosse uma
cópia de Vuvuzela sul-africana.
Parece que a Cachirola é uma
espécie de tentativa de resgate daquilo que nem tem ligação com futebol. Só
esqueceram que a “nova” Fonte Nova, tão bonita e tão “importada”, trouxe ao
público o conforto e a segurança que qualquer um pode notar, mas alguns devem
preferir as antigas ruínas. Só esqueceram que junto com a cópia da modernidade
e a cópia ridícula da Cachirola, não conseguimos copiar bom comportamento e o
mínimo de educação. Será que estamos realmente preparados para não precisar de
fosso, polícia, alambrado etc?
Talvez os “inimigos da
modernidade” prefiram os velhos estádios, abarrotados de gente, sem a menor
segurança e com a torcida separada do campo e do time por um fosso, um
alambrado e uma tropa de choque. É melhor deixar o nosso futebol selvagem.
Difícil é querer civilizar nosso povo. Bem mais fácil deixar tudo velho.
P.S.: Não consegui saber se é
Caxirola ou Cachirola. Achei diversos sites e cada um escolheu uma forma. Eu
preferi a segunda.
Birite: THEREZÓPOLIS RUBINE - EXCELENTE!
comparei a com a africa que tem o povo sofrido , vitimas de guerra , fome , aids e a vuvuzela rolou legal ... aqui com essee coitadismo catolico criamos montros assassinos , somente.. que burrice proibir um pedaço de plástico ,, tem é que ter juiz mais preparado e menos corrupto, e mais inteligente ,, que prenda a torcida do bahia , que multe a toercida do bahia , que isso , não tei lei , vivemos numa bagunça um faroeste jacu, então o cara tem que ir pelado pra estádio ,, o time perde e o bicho joga o cinto , o juiz proibe o cinto , depois proibe a calça ... país pequeno , mentalidade burra que não merece nada
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