quarta-feira, 1 de maio de 2013

Voa Cachirola, Voa!




Quanto mais procuro ler sobre a Copa, os novos estádios e todos os acontecimentos que orbitam em volta do evento, maior é o número de pessoas que reclamam e maldizem a todo e qualquer custo à modernização dos estádios e todas as regras que se seguem, junto com o caderno de encargos e compromissos entregue pela Fifa ao nosso país.

Acho que é importante destacar que as normas de segurança e comportamento da Fifa, valerão para os eventos da Fifa e que, muito provavelmente, após a Copa do Mundo, poderemos voltar a assistir jogos em meios as baterias e charangas, de pé e sem ter que respeitar lugares marcados. Justo! Acho tudo isso justo! É o nosso jeito de torcer e isso deverá voltar, assim como (espero eu), as redes do Maracanã.

Mas existem coisas que são mais interessantes em meio a tanta pedrada. É curioso perceber que a maior parte das pessoas que esbraveja e amaldiçoa todas as mudanças e modernizações geradas pela nossa “Copa da Discórdia”, insistem em dizer que é um absurdo querermos imitar a Europa, que não valorizamos nossa cultura e não respeitamos nosso passado. Até considero argumentos válidos, embora particularmente, eu não veja o menor problema em copiar o que há de bom do resto do mundo e aplicar aqui, mesmo que com nossas adaptações.

Parece que só não observaram que a nossa mania não consiste em imitar somente o que parece bom. Imitamos de graça, imitamos por pura e simples falta de personalidade. Acho curioso que imitar um modelo de gestão, um estilo de jogo, um formato de treinamento e quaisquer coisas que possam ser consideradas como avanços, sejam vistas por tantos rancorosos como um retrocesso. E este mesmo “pessoal” não consegue ou não tem coragem de admitir que é ainda pior imitar pelo simples processo cultural da cópia malfeita. Esses detratores da modernidade acham a Cachirola algo louvável! Como se o patético (porém simpático) instrumento não fosse uma cópia de Vuvuzela sul-africana.

Parece que a Cachirola é uma espécie de tentativa de resgate daquilo que nem tem ligação com futebol. Só esqueceram que a “nova” Fonte Nova, tão bonita e tão “importada”, trouxe ao público o conforto e a segurança que qualquer um pode notar, mas alguns devem preferir as antigas ruínas. Só esqueceram que junto com a cópia da modernidade e a cópia ridícula da Cachirola, não conseguimos copiar bom comportamento e o mínimo de educação. Será que estamos realmente preparados para não precisar de fosso, polícia, alambrado etc?

Talvez os “inimigos da modernidade” prefiram os velhos estádios, abarrotados de gente, sem a menor segurança e com a torcida separada do campo e do time por um fosso, um alambrado e uma tropa de choque. É melhor deixar o nosso futebol selvagem. Difícil é querer civilizar nosso povo. Bem mais fácil deixar tudo velho.

P.S.: Não consegui saber se é Caxirola ou Cachirola. Achei diversos sites e cada um escolheu uma forma. Eu preferi a segunda.

Birite: THEREZÓPOLIS RUBINE - EXCELENTE!

Um comentário:

  1. comparei a com a africa que tem o povo sofrido , vitimas de guerra , fome , aids e a vuvuzela rolou legal ... aqui com essee coitadismo catolico criamos montros assassinos , somente.. que burrice proibir um pedaço de plástico ,, tem é que ter juiz mais preparado e menos corrupto, e mais inteligente ,, que prenda a torcida do bahia , que multe a toercida do bahia , que isso , não tei lei , vivemos numa bagunça um faroeste jacu, então o cara tem que ir pelado pra estádio ,, o time perde e o bicho joga o cinto , o juiz proibe o cinto , depois proibe a calça ... país pequeno , mentalidade burra que não merece nada

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